O (TOC) Transtorno Obsessivo Compulsivo se inicia freqüentemente na infância e suas características são pouco conhecidas pelos pais. Há evidências de que o tratamento precoce minimiza os possíveis prejuízos do (TOC).
O transtorno obsessivo compulsivo se caracteriza basicamente pela repetição de atos, rituais, pensamentos e atividades que a pessoa sabe que não fazem sentido, mas que não consegue evitar. Se não executá-los passa por uma ansiedade brutal ou acha que poderá acontecer algo de ruim para si ou para outras pessoas. O indivíduo tem consciência de que os rituais ou pensamentos não têm lógica e não são necessários, mas é incapaz de evitá-los.
Na infância o quadro clínico do transtorno é bastante semelhante ao do adulto e assim como eles, as crianças tentam ocultar seus sintomas. O (TOC) além de prejudicar a educação e o desenvolvimento das amizades pode se tornar uma doença crônica e limitante.
O indivíduo que tem a doença está sujeito o ter fases de depressão e crises de ansiedade com sintomas físicos, como suores excessivos, palpitações e tremores.
A criança portadora do (TOC) é escrava de seus próprio pensamentos (obsessões) e repetições de gestos (compulsões). Os pensamentos continuados geram angústia e ansiedade e as ações compulsivas são uma tentativa de controlá-los. Lavar as mãos incontáveis vezes, por exemplo, tem por objetivo aliviar o incômodo trazido pelo pensamento obsessivo de estar sempre sujo. Só que o alívio é temporário e o pensamento ressurge, desencadeando novamente as compulsões.
Nas crianças, os sintomas mais comuns da doença são:
-Qualquer ritual diário de higiene, repetitivo e exagerado.
-Repetição de ações, como de uma escrita ou leitura.
-Checagens compulsivas, como, por exemplo, da tarefa escolar.
-Contagem, por exemplo, contar as lâminas de uma persiana várias vezes.
-Simetria, por exemplo, na arrumação das roupas no armário.
Geralmente, essas manias obsessivas consomem muito tempo, gerando angústia e ansiedade tanto para a criança quanto para seus familiares.
Dada a possibilidade de tratamento e prevenção é importante a orientação dos profissionais, que trabalham com crianças, a identificarem os possíveis casos, pois na maioria das vezes, a criança não tomará espontaneamente a iniciativa de queixar-se dos sintomas obsessivos compulsivos.
Dra. Daniela Levy
fonte: www.clubedobebe.com.br